No final dos anos 60, os músicos Jards Macalé e Capinan, compuseram a revolucionária canção “Gothan City”, que, se tornaria um dos hinos do tropicalismo e da contra-cultura, revolucionando a estética e o conceito da arte brasileira. Neste momento tão criativo e efervescente de nossa música, estes compositores jamais imaginariam que, trinta anos depois, São Caetano do Sul, seria reconhecido na grande mídia, como Gothan City a legendária cidade do Batman. A comparação de nossa cidade, com esta incendiaria canção, só foi possível devido à aura de metrópole decadente enegrecida pela poluição das industrias em choque com a maior concentração de punks, carecas do subúrbio, skatistas, rockabillies, darks, sufistas, metaleiros e bichos grilos, por metro quadrado .
1989 marca o cinqüentenário deste herói mascarado criado pelo desenhista Bob Kane e na onda do homem morcego, foi lançada a polemica Graphic Marvel , Batman o Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller que culminou com o lançamento do filme Batman, que bateu recordes de bilheteria, ressuscitando a Batmania.
Mas, o que também levou São Caetano ser comparada a Gothan City, além da semelhança urbana, era o grande número de grafiteiros, que perigosamente invadiam as madrugadas, aplicando sua arte nos entristecidos muros da cidade. Era comum, encontrar grafites homenageando Batman, inclusive de cunho eleitoral, como: “Vote no Batman” e até na entrada principal de nossa cidade, existia um gigantesco mural anunciando – “Welcome to Gothan City”.
A história dos grafites em São Caetano, tem início nos anos 70 com enigmáticas frases escritas em spray nos muros da cidade, ex: “A Rota Arrota Projéteis na Calçada” – “É Ter na Mente” – “Hendrix + Mandrake = Mandrix” e “A Carne é Franca” entre outras. Com o avanço da abertura política, frases de efeito como: “Abaixo a Ditadura” e “Anistia, Ampla, Total e Irrestrita”, cutucavam o regime militar, propondo ação e reflexão da sociedade.
Heroicamente, grafiteiros de São Caetano, como Numa Ramos que grafitou Batman até no Muro de Berlim em 1987, Job Leocadio, Jorge Tavares, fizeram com que o grafite deixasse de ser uma arte marginal e conceitual, restrita a estudantes de artes, e redimensionassem o cenário urbano de nossa cidade. E da noite para o dia, surgiam vários grafites que recriavam o universo das histórias em quadrinhos e bastava uma volta pelas ruas do centro de São Caetano, para se deparar com batalhões de super-heróis.
Nos anos 90, com o surgimento do Rap e do Hip -Hop, o grafite se manteve como veículo de resistência e mecanismo de expressão de novas gerações, com ênfase no traço livre. Atualmente existem novas tendências no uso do material, como PVC, vidro e sucatas em geral, mas o velho muro continua sendo o alvo preferido dos grafiteiros.
Encerro esta matéria, propondo que, São Caetano do Sul resgate a aura de cidade dos grafites e se possível que tragam Batman e outros heróis de volta aos degradados muros da cidade. Por fim, saúdo os ativistas do spray e vibro para que mantenham acesa a chama da arte, longe da poluição visual dos pixadores e aproveito esta oportunidade, para dar uma sugestão aos pixadores de plantão:
- Não Pixem - Façam Arte!
E antes que eu me esqueça - Tire o Pé da Parede !!!
1989 marca o cinqüentenário deste herói mascarado criado pelo desenhista Bob Kane e na onda do homem morcego, foi lançada a polemica Graphic Marvel , Batman o Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller que culminou com o lançamento do filme Batman, que bateu recordes de bilheteria, ressuscitando a Batmania.
Mas, o que também levou São Caetano ser comparada a Gothan City, além da semelhança urbana, era o grande número de grafiteiros, que perigosamente invadiam as madrugadas, aplicando sua arte nos entristecidos muros da cidade. Era comum, encontrar grafites homenageando Batman, inclusive de cunho eleitoral, como: “Vote no Batman” e até na entrada principal de nossa cidade, existia um gigantesco mural anunciando – “Welcome to Gothan City”.
A história dos grafites em São Caetano, tem início nos anos 70 com enigmáticas frases escritas em spray nos muros da cidade, ex: “A Rota Arrota Projéteis na Calçada” – “É Ter na Mente” – “Hendrix + Mandrake = Mandrix” e “A Carne é Franca” entre outras. Com o avanço da abertura política, frases de efeito como: “Abaixo a Ditadura” e “Anistia, Ampla, Total e Irrestrita”, cutucavam o regime militar, propondo ação e reflexão da sociedade.
Heroicamente, grafiteiros de São Caetano, como Numa Ramos que grafitou Batman até no Muro de Berlim em 1987, Job Leocadio, Jorge Tavares, fizeram com que o grafite deixasse de ser uma arte marginal e conceitual, restrita a estudantes de artes, e redimensionassem o cenário urbano de nossa cidade. E da noite para o dia, surgiam vários grafites que recriavam o universo das histórias em quadrinhos e bastava uma volta pelas ruas do centro de São Caetano, para se deparar com batalhões de super-heróis.
Nos anos 90, com o surgimento do Rap e do Hip -Hop, o grafite se manteve como veículo de resistência e mecanismo de expressão de novas gerações, com ênfase no traço livre. Atualmente existem novas tendências no uso do material, como PVC, vidro e sucatas em geral, mas o velho muro continua sendo o alvo preferido dos grafiteiros.
Encerro esta matéria, propondo que, São Caetano do Sul resgate a aura de cidade dos grafites e se possível que tragam Batman e outros heróis de volta aos degradados muros da cidade. Por fim, saúdo os ativistas do spray e vibro para que mantenham acesa a chama da arte, longe da poluição visual dos pixadores e aproveito esta oportunidade, para dar uma sugestão aos pixadores de plantão:
- Não Pixem - Façam Arte!
E antes que eu me esqueça - Tire o Pé da Parede !!!
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Durante 10 anos (1986 a 1996), a Rick and Roll se especializou em Rockabilly e Psychobilly, e promoveu vários eventos culturais, entre eles, o lançamento dos grupos, Grinders, Varsóvia, S. A R, Catalépticos e Acústicos e Valvulados. Outros destaques foram as tardes de autógrafos com Tony Campello, Baby Santiago e Carlos Gonzaga e a visita dos grupos ingleses Toy Dolls e Guanabatz. De todos os eventos, o mais alarmante foi o Campeonato Nacional de Topetes, que aconteceu nos anos de 1988, 1991, 1994, com participação de dezenas de rockers e psychos de todo Brasil, e apresentação dos grupos Eddy Teddy & Kriptonitas, The Jet Blacks, Grande Trepada e João Penca e seus Miquinhos Amestrados, entre outros.
Em 1991, ao lado de vários topetudos, fui entrevistado no Programa Jô Onze e meia do SBT, e em 1996, a escritora Glória Perez lembrou o campeonato de topetes, ao criar o personagem rocker Bebeto a Jato, interpretado por Guilherme Karan, na novela Explode Coração, da Rede Globo.
Em 1996, com o fechamento da loja, me dediquei em promover shows e eventos culturais de vários estilos musicais na área pública, sempre promovendo grupos e artistas. Mantenho em minha casa um estúdio de gravação com um grande acervo de títulos em vinil e presto consultoria musical para órgãos públicos e particulares.
E antes que eu esqueça - Tire o pé da parede!